Cheguei em casa e a primeira coisa que tive vontade de fazer era tomar um banho, deixar aquela água forte cair sobre minha cabeça e deixar as lágrimas descerem incansavelmente por meu rosto. Não sabia o por que de eu estar ali chorando, mas senti essa necessidade. Fico um bom tempo ali, embaixo do chuveiro, nem me preocupei na hora com a minha consciência ambiental. Após o banho, fico parado me olhando no espelho, vendo minhas olheiras, meus olhos inchados e tentando não pensar em nada. Me seco um pouco e fico parado, próximo a janela, olhando o céu nublado e sentindo aquela brisa fria tocar minha pele. Fico olhando para o infinito, tentando me entender, tentando achar respostas para coisas que algumas vezes soam tão estúpidas. Queria poder deixar a mente vazia como os budistas, sem ficar neurótico com tantas coisas. Seria interessante por um momento eu fazer isso, mas não é fácil. O telefone toca e tento reconhecer uma voz, mas estou tão exausto que é em vão essa tentativa logo instantaneamente. Após alguns poucos minutos, acabo me lembrando, na verdade acho que sempre soube, mas meu estado no momento não colaborou para eu me lembrar. Só me recordo que ele havia me dito que estava em frente ao prédio e que estava subindo. Disse que tudo bem. Coloquei uma roupa qualquer que encontrei no armário. Ele chegou e hesitei um pouco em abrir a porta. Ele estava dizendo algo que não entendi a princípio, decidi então por abrir. Ele entrou, abrimos uma garrafa de vinho que ele havia trago e ficamos ali, por poucos minutos em silêncio, apenas com nossos olhares se encarando, tentando decifrar um ao outro. Ele quebrou o silêncio e perguntou o que havia acontecido, fiquei sem saber, sem ter o que responder, pois nem eu mesmo sabia o que havia acontecido. Ele então se levantou, estendeu a mão para mim e me prendeu num abraço apertado. Não tive como não chorar mais, desabei em lágrimas. O único som que se ouvia era meu choro. Ele me apertou um pouco mais em seus braços, como se quisesse dizer que estava tudo bem agora. De certo modo me senti assim, protegido, seguro naqueles braços. Nos sentamos num sofá e ficamos ali, sem pretensão alguma, apenas jogando papo fora, rindo sobre algumas amenidades e me fazer esquecer o quão eu estava sozinho. Deitei minha cabeça em sua perna, enquanto ele fazia cafuné, foi uma sensação boa, reconfortante, não demorou muito e eu adormeci.
Pra dar uma variada um pouco, rsrs
É isso
Bjo
Contato: dilsantos@rocketmail.com
Pra dar uma variada um pouco, rsrs
É isso
Bjo
Contato: dilsantos@rocketmail.com
12 comentários:
se sentir acarinhado, definitivamente não tem preço!
beijos meu amigo querido
ter uma boa companhia é muito bom :)
É confortante a presença de uma boa cia...
Abraços!
que bom que havia um ombro no qual chorar né?
É bom sentir um abraço nos enlaçados para nos dar um grande conforto.
Querido embarcando amanhã para Foz de Iguaçu, quando voltar te conto todas as novidades que estão pendentes.
Beijos
Um belo texto... ao ler me lembrei de uma frase que é atribuída ao Shakspeare
"As vezes, tudo o que precisamos é de uma mão para segurar, e um coração para nos entender."
E como é bom um abraço desses...
Muito bacana teu blogue...
Abração!
A reciproca é verdadeira, temos "amigos" em comum e há tempos estou para passar pelo teu espaço...
Fernando Pessoa meio que anda junto com meu blogue, há n citações dele, eu gosto muito e meio que ele "me entende"... kkkk
Um grande abraço!
Olá.
Gostei muito do seu blog, parabéns.
Sempre que possível estarei passando por aqui.
Até mais
Hummmmmmmmm... só nos "bonsvinho hein, Dil?!? Tá certo! Lindo texto - como de costume, claro! Bjos e ótima semana!
Queridão... adorei teu comment lá no meu texto.... tua opinião sempre faz a diferença pra mim, gatucho! Bjos!
Dilzão, meu gato-doce-de-acarajé... mega findi pra ti, querido! Beijos!
Hummmm... realmente interessante... gostei da leitura... parabéns amigo.
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