sexta-feira, 26 de julho de 2013

Naquela velha poltrona!

Ando meio perdido, sem um rumo certo a tomar. Engraçado que quando tudo parecer estar ao seu alcance, com todas as chances de sucesso e num piscar de olhos, desmancham como um papel que cai na água. Na verdade isso não é engraçado, chega a ser deprimente até em alguns casos. O que resta muitas vezes é apenas a nossa companhia, a minha companhia, da qual sei que não irá afastar de mim, é meio que um conforto pensar dessa forma. As vezes sair andando pela rua ou mesmo ficar ali parado na sacada da varanda, olhando a lua e sentindo aquele vento gelado da madrugada, tocar a pele, escutando algo, quem sabe um pouco de Alanis Morissette para combinar com o momento e ficar sem pensar em nada ou ninguém, apenas olhar para o horizonte. Eu fico na ilusão, achando ser o único a ter esses momentos um tanto insanos, quando viro meu rosto para o lado e vejo alguém ali, na varanda ao lado, olhando fixamente para a frente, para o nada propriamente dito. Estava apenas debruçado com um cigarro aceso. Não estava bem iluminado o local, havia apenas a luz acesa de um poste ali perto e a lua, que estava imensamente fora do normal naquela noite. Fiquei imaginando qual seria a razão para ele estar ali e o que me fazia ficar quieto tentando imaginar ou poderia simplesmente dar um simples oi, mesmo que não tivesse uma conversa estendida. No final das contas, a coragem me faltou, virei-me e fui dormir, pensando nisso. Tive minha velha e boa rotina de sempre. Acordar cedo, ir trabalhar, vir almoçar, sozinho, voltar para o trabalho, sair do trabalho, voltar pra casa. O que me restava era apenas um banho quente e demorado, depois comer alguma coisa, tomar um bom vinho e ficar sentado naquela velha poltrona lendo um livro que já faz alguns dias que tento terminar, mas sempre deixo de lado. Estranho como ela me faz sentir acolhido, deixo todas as luzes praticamente apagadas, apenas a do abajur que está acesa. Me perco com o tempo, em meio a a minha leitura. Pego minha taça de vinho que procuro mantê-la sempre cheia e fui para a varanda, como faço todas as noites. Senti aquele vento gelado e revigorante tocar minha pele, fazendo com que meus pelos ficassem  arrepiados com o frio. Não demorou muito e logo ele surgiu novamente. Fiquei olhando em sua direção, com esperança de que olhasse e me desse um sorriso apenas. Ele apenas olhou em meus olhos fixamente, os meus continuaram fixos nos seus, por um curto período, já que minha timidez insistia em vir a tona sempre. Olhei-o novamente e ele continuava a me olhar. -Está bastante frio hoje não é? -Demais, essa semana parece estar mais frio que o normal. Lhe respondi, meio que com a voz um pouco falhada. Ele foi puxado papo para a minha surpresa. Tinha um sorriso lindo, uma gargalhada gostosa. Ficamos cada vez mais empolgados com o papo, estávamos sem noção de tempo, apenas querendo permanecer ali. Tínhamos tanto em comum, algumas contradições, medos, ilusões que foram compartilhados. Nos despedimos ali, com um até mais tarde. Fiquei pensando no nosso papo por um tempo, deitado na cama, embaixo do cobertor, esperando o sono chegar, o que não demorou muito afinal.


Contato: dilsantos@rocketmail.com

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando!

Fico ali parado sozinho, num canto qualquer, deixando o silêncio me envolver, acho que ando precisando um pouco disso para pensar melhor, refletir sobre tantas coisas que andam acontecendo em minha vida que sinceramente, algumas se tornam imensamente frustrantes, mas já faz parte do cotidiano do ser humano se frustrar com algumas coisas, infelizmente ou felizmente, acho que essa acaba sendo melhor opção, acabamos por necessitar disso em nossas vidas, claro que uma atrás da outra é forçar muito a natureza, não tem mente sã que resista a isso. Esses dias ando pensativo no que devo fazer da minha vida, qual rumo devo tomar. Sempre fico parado na janela, olhando aquela paisagem escura ao redor e parando meu olhar no céu, muitas vezes nublado, encobrindo a lua e sentindo aquele frio gélido tocar minha pele. É aconchegante isso de certo modo, mesmo não sendo algum muito comum de se ver ou fazer para muitas pessoas, mas para mim, acaba me ajudando a refletir mais, me dá mais tranquilidade que me assusto as vezes, mas que de certa forma acaba sendo extremamente necessária para mim. Eu ando numa fase com um turbilhão de pensamentos, muitos desses confusos na verdade. Fico dando voltas e mais voltas tentando encontrar uma solução, um caminho um pouco mais fácil para seguir, ando meio cansado dos caminhos complicados, não andam sendo ultimamente uma opção muito reconfortante. As decepções e frustrações parecem crescer um pouco mais, mas sempre acabamos indo por esses caminhos, crescemos escutando que nada é fácil, para seguirmos os caminhos mais difíceis pois são os mais confiáveis, mas não dizem que serão tortuosos, que sofreremos um pouco antes de chegar na parte boa da história. Uma hora vai dar tudo certo, tem que dar, antes que chegamos ao ponto de sair culpando fulano ou ciclano por nossas frustrações, pois infelizmente isso é típico do ser humano. E como disse Caio F. "Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando, Deus, derrama teu Sol mais luminoso”. Então vamos continuar tentando, se realmente quisermos fazer algo que realmente faça diferença em nossas vidas.


É isso

Bjo

Estava meio ausente, acho que estou na verdade, não anda numa fase muito inspiradora, mas aos poucos ela vai voltando, rs.