segunda-feira, 21 de maio de 2012

Inspiração!

"E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais."(Caio F.)

Essa frase meio que resume um pouco tantas e tantas pessoas que estão em seus momentos de cuidar de si mesmas, de querer se auto preservarem, justamente por terem se entregado demais em tantas relações, que num determinado ponto, tornaram-se desgastantes, massacrantes até. Tenho escutado tanto isso ultimamente de amigos, que quando eu encontrei essa frase, não resistir e acabei usando-a aqui. O que faz com que analizemos frases como essas, das quais parecem dizer exatamente o que se sente, o que deseja, o que espera e muitas pessoas dizem "parece que escreveu para mim", justamente por estarem vivendo momentos em que uma frase, por mais simples que seja, interfere em sua vida, seja positiva ou não. Eu me identifico em muitas coisas, nos textos, frases e poemas de Caio Fernando Abreu. Vejo nele como uma inspiração sempre que escrevo algo mais tenso, algo que fale de um lado em que as pessoas não estão tão acostumadas a exporem, não estão acostumadas a mostrarem sua fragilidade. Claro que é preciso nos contermos as vezes, pois se nos mostrarmos demais, se torna uma perigo para nós mesmos, principalmente quando alguém com intenções não tão boas assim, usam para nos fazerem mal. E na vértice contrária da de Caio, vem Vinícius de Moraes, do qual sou apaixonado e me identifico muito nos seus poemas e textos apaixonantes. Eu sempre que procuro escrever algo mais sentimental, me inspiro nele, na forma suave e ao mesmo tempo forte que ele escreve. Seus sonetos são um maravilha, verdadeiras declarações de amor. Me lembro de quando eu comecei a escrever poemas, foi justamente por ter lido um de seus, que fiquei tão maravilhado, que não consegui resistir e ali, naquele momento saiu meus primeiros versos. Claro que são ruins, não tenho a intenção de destruir, por quê seria até uma sacrilégio da minha parte fazer isso com uma parte tão importante da minha vida, um momento tão especial para mim. Estão ali, guardados, um tanto esquecidos, mas que estarão sempre ali, ao meu alcance, para caso algum dia, se bater uma saudade, uma vontade de revê-los enfim, posso-os reencontrar e lembrar de um tempo em que vivi, com toda minha timidez, inocência, ingenuidade até algumas vezes, acho que de certo modo, ainda tenho uma porcentagem disso em mim, rs.

É isso

Bjo

Contato:dilsantos@rocketmail.com

22 comentários:

Anônimo disse...

"Claro que é preciso nos contermos as vezes, pois se nos mostrarmos demais, se torna uma perigo para nós mesmos, principalmente quando alguém com intenções não tão boas assim, usam para nos fazerem mal."

Tem razão sim... então tem sempre atenção... porque o importante é poder ser feliz...

Grande abraço, Dil :)

Carlos Roberto disse...

Um comentário à parte, antes do comentário efetivo: (toda vez que entro no seu blog e vejo uma de suas fotos penso: que rapaz lindo. E não só digo isso por causa das fotos, do físico, mas também pelos textos que você escreve e agora pelas suas inspirações) – desculpa se falei algo que te ofendesse.

Enfim,

Adoro Vinicius e terei oportunidade de estudá-lo a partir de semana que vem. Estou super ansioso com essa oportunidade. Quanto ao Caio eu percebo que virou estampa de camiseta igual à Clarice Lispector. É só entrarmos em uma rede social que vemos “Fulano cita Clarice”, “Cicrano cita Caio F,”. Virou modinha, sei lá, acho que isso me fez ainda mais me afastar do Caio F. Embora, tenha um numero considerado de obras dele na minha estante e de gostar das coisas que ele escreve (apesar de achá-lo bem doido) – Como você diz: ele é intenso, mas para mim ele é TENSO mesmo.

Ultimamente minha inspiração é a Clarice. Acho que é a escritora da minha vida, estou lendo compulsivamente sua obra para fazer um trabalho e não me canso de ler suas crônicas, contos e romances. Se um dia eu vir a ser um escritor que eu tenha um mínimo de genialidade que ela possuiu, mas como não sou e acredito que jamais serei, delicio-me com suas obras.

Eu gosto de seus poemas, aliás, também escrevo algo parecido. O que faço não acredito que possa chamar de poemas, não sou poeta, apenas faço frases versificadas, mas que não tenho coragem de jogá-las fora. Fiz muito isso antigamente. Escrevia muito e no final apagava do computador ou rasgava a folha. Funcionava mais como um exorcismo.

Essa história de se expor em um texto com medo do outro ler e por isso sofrer alguma ação maléfica é meio que balela, pois nenhum texto, nem mesmo jornalístico é cem por cento verídico. A subjetividade do ser que escreve manipula o ponto de vista e isso transforma o relato em algo ficcional. O que acontece é que cada tipo textual possuí uma variação, ou melhor dizendo, uma dosagem ficcional diferente. Você pode escrever um diário inteiro e dizer: “inventei tudo, inclusive as vírgulas”. Acredito que o maior perigo que existe enquanto escrevemos algo é o fato de nos encontrarmos com clareza naquilo que escrevemos. O ato de escrever é o meso que o de desnudar a própria alma, de se conhecer por inteiro, ver até que ponto somos capazes de construir certas ideias que chegam a serem absurdas, inclusive.

É... acho que é isso
Grande abraço!

Carlos Roberto disse...

Espero que não tenha problema em responder aqui...

Fico muito tranquilo em você não ter se importado com o comentário, sinceramente foi algo que saiu sem controle, não no sentido de “não vi”, foi proposital, o que digo como “sem controle” é o fato de querer falar, mesmo sabendo que poderia ser mal interpretado. Enfim.
Possuo a um bom tempo o livro de sonetos que você mencionou do Vinicius, chego a arriscar que foi meu primeiro livro de poesia de um único autor. Lia-o varias vezes me serviu como algum tipo de inspiração. Entretanto o outro que você me recomendou eu não conheço, aliás, não pesquiso livros de fotos, essas coisas: mas confesso que fiquei curioso, na minha próxima compra de livros ele estará incluso com certeza.
Apesar de ter falado que o Caio F. era maluco (vide o livro de contos “O ovo apunhalado”) eu o admiro muito, inclusive ele seria um tema chave para a minha pesquisa no mestrado, mas Clarice vem tomando conta de mim intensamente e Caio foi deixado de lado, pelo menos por agora, mas ainda pretendo fazer um trabalho com ele.
Eu entendo perfeitamente o que você relata sobre a maneira que escreve. Pode até não parecer, mas eu sou assim também. Tanto sou assim que estou com esse “branco” na mente. Para meus professores para se escrever basta ter disciplina, inspiração é coisa secundária e imaginação é uma questão de prática. Não concordo, não sou máquina e acho isso uma ideia absurda, porém não impossível. Embora se eu fizesse algo assim, e já fiz, é como se eu escrevesse algo sem vida. Meu texto pode não ter nada a meu respeito, mas tem de possuir um sentimento que me ligue a ele.

Smareis disse...

Oi Dil,

Que lindo, muito fofo você nessa foto.Um olhar ternurento. Parece um artista!
Menino, sua postagem esta excelente.
Eu também adoro Caio F. e Vinícius de Moraes. Sempre estou pesquisando frases poemas deles. Adoro as sua postagens sempre tem muita sensibilidade.
Tenho um blog de poema só que esta restrito por que estou dando uma reforma. Lá só coloco poemas, depois que tiver aberto te passo o endereço pra tu visitar e conhecer alguns de meus poemas.

Sobre o caso dos canibais. Quanta coisa ruim anda nesse mundo né?
Falta de amor no coração, falta de Deus na vida...Vi uma reportagem que uma das mulheres canibais esta sem comer na prisão porque esta acostumada só comer carne humana, e não quer comer outra coisa. Deus me livre. Quanta barbarice.

Quando você ler o livro diga na sua postagem se é bom a história.
Eu estou lendo 2 do Nicholas Sparks .

Beijos e ótima semana.

Frederico disse...

adorei a frase :)

Cesinha disse...

Falar que você é um lindo é meio que chover no molhado. Que você é todo especial, também. Só não acho legal você acreditar que mesmo os seus primeiros poemas são ruins. Nada é ruim quando escrito com o coração. E isso é o seu modo de escrever.

Beijos, meu lindo.

FOXX disse...

ah não... o Caio escreve pra mim... só pra mim... hauahauahau

Fred disse...

Coisa mais linda do Tio Fred... hehehehe! Esse é o Dilzão, meu garotooooooo! Tô de volta, querido! Beijos!

M. disse...

Dois passos a fente e um atrás. É exatamente isso, não Dil? Dar-se, mas conter-se. O medo de sair machucado de qualquer tipo de relação norteia o rumo a seguir. E nem sempre é desperdício de tempo. O instinto fala mais alto quando o "perigo" está a frente. É bom não ignorá-lo.
Também já fiz poemas.... mas valha-me Deus, choraria hoje se os encontrasse. De tristeza e dramaticidade. Adolescência... ohhh período dramático.
Até mais Dil

Rute Beserra disse...

Caio é maravilhoso apesar de um pouco misteriosos(as vezes penso que ela escrevia seus transcritos nos momentos de nostalgia )E nessa de machucar alguém aprendi que quando estamos estressados, os outros não têm nada a ver com isso, e temos o dever de aprender a nos controlar, e a maneira mais menos difícil é conversar com uma criança...

Por isso querido o que importa e o melhor que fazermos é sermos felizes.
Lindo seu texto,inspirador Também fiquei muito feliz, com o meu nome e blog na revista de educação infantil.

Mainha, volta segunda-feira dia 28/05 de Recife, está se divertindo que só.

Beijos meu querido

Rapha disse...

Nós nunca perdemos 100% de tudo aquilo que fomos. Principalmente a inocência... Nunca a perdemos por completa. Sempre é bom se preservar um pouco, como vc mesmo disse. Para não ficarmos vulneráveis demais.

Bjs

Fred disse...

Sabonete da Natura eu não posso usar... sempre dá vontade de morder o danado... hahahahaha! Beijos ensaboados pra ti, Dilzão!

Fred disse...

Bom findeeeeeeeee, querido! Bjzzz!

Alex M. disse...

Olá, Dil,
Repetindo o Cesinha, acima, falar q vc é bonito é mesmo chover no molhado. Escreve bem e gostoso.
Aproveite semre este, que é o seu espaço, e liberte-se. O espaço é seu. E nós agradeceremos a possibilidade da leitura.
Ah, sim, Caio... ficará cada vez mais na memória de todos. Tão grande foi...
Sobre "amar demais, de querer demais, de esperar demais.", acho que seu eu pudesse, amaria demais, cada vez mais, mas aprenderia, sim, a não esperar demais, não querer demais, nem de mim, nem dos outros. Talvez, amar seja um pouco isso: não esperar, paenas ser, e aceitar, crescendo, mas não exigindo, nem esperando além do possível, atitude que, muitas vezes, acaba nos tirando o prazer de curtir o caminho.
Beijo

Smareis disse...

Olá Dil,

Menino, eu também tenho poemas que escrevi a muito tempo, que é pagar mico se eu postassem, mais na verdade tudo que a gente escreve é bonito puro e vem da alma. Somos todos poeta de uma forma ou de outra, muitos sabem usar melhor seu dom de poeta, e outros por vezes se atrapalham todo, assim como eu kkk.

Você escreve muito bem, e seus poemas são trançado com muita inteligência. Gosto de te ler.

Acho que todos nós temos esse lado do Caio e Vinícius. Ladinho gostoso, cheio de sensibilidade e romantismo.

Beijos Dil e ótimo domingo com uma semana recheada de coisas especiais.

Dois Rios disse...

Dil, Vinicius e Caio têm três coisas em comum. A sensibilidade, a intensidade e a beleza interior.

Beijo, amigo lindo!

I.

Fred disse...

Cadê as fotos do Dil bochechudo da infância?!?!? TODASQUEREMVER!!!!! Hahahahahaha! Beijos, querido... qualquer dia te envio um quebra-cabeças... hahahahah!

Carlos Roberto disse...

Menino levei ao pé da letra seu post hahahahah. E ainda fiquei a lembrar de você pelo fato de ter lido uns quatro contos do Caio F. nesse final de semana rs :P

Bem Resolvida disse...

e "ausência" de Vinicius. vc gosta? é meu preferido dele.
quem sempre me tocou fundo na alma foi renato russo. sinto sua perda até hoje...andrea dória...era eu escrevendo aquela canção...e tantas outras.

Fred disse...

Tratamento pra previnir a idade????? Adorooooooooo! Coisas de Dil... hehehehe! Beijão, meu queridão amigão!

Fred disse...

Podeixar que no Natal vou te mandar um kit só com produtinhos especiais do catálogo... hahahahahaha! Bjz!

railer disse...

você pode até se inspirar em outro ao escrever poemas, mas eles carregam um pouco de você, algo pessoal e único.